sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Deus Chama Moisés

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Através do Deserto


Êxodo 12
Na noite em que Deus fez cair sobre o Egipto a última e terrível praga, todos os israelitas permaneceram dentro das suas casas, sãos e salvos. As mães
Prepararam um jantar delicioso, de cordeiro assado, tal como Deus destinara. Mas quando todos se prepararam para o comer, deixaram-se ficar com as suas roupas de viagem, pois Moisés avisara-os de que deviam manter-se prontos para deixar o Egipto logo que lhes fosse dada ordem.
A meia-noite irromperam gritos lancinantes de todas as casas do Egipto. Quando os Israelitas ouviram as lamentações, ficaram a saber que Deus cumprira o que havia dito. Em todos os lares dos Egípcios, o filho mais velho estava morto. O povo de Deus tinha sido poupado, porque obedecera e confiara n'Ele.
O faraó mandou imediatamente chamar Moisés e Aarão.
— Vão-se embora! — Trovejou. -Não permaneçam no meu país nem mais um dia. Levem as vossas mulheres e os vossos filhos, os animais e todos os pertences. Só quero que nos deixem em paz!
Sem demora, Moisés fez passar a palavra a todos, na terra de Gessen. Chegara a hora de abalar.
Os pais recomendavam às mães que se apressassem. A massa que tinhamdeixado a levedar não estava pronta, por isso embrulharam-na em panos e transportaram-na assim, com os tachos e panelas. As famílias inteiras saíam das suas casas, como uma torrente, e encaminhavam-se para o ponto de encontro que haviam combinado. Os carneiros e as cabras que levavam baliam e berravam, assustados, dificultando o andamento apressado.
Os Egípcios também assomavam às portas das suas casas e pediam aos Israelitas que se despachassem. Estavam tão ansiosos por vê-los partir que os enchiam de presentes de ouro e prata, de colares e pulseiras e de todo o género de objectos valiosos. Só desejavam que eles se fossem antes que mais alguma desgraça se abatesse sobre o país.
Mal olhando de relance para trás, toda aquela imensa multidão se pôs em movimento, com Moisés à frente. `Finalmente a promessa de Deus tornava-se realidade. Era o adeus ao Egipto para sempre.
O povo de Israel partiu do Egipto cheio de ânimo. Finalmente estavam livres dos Egípcios, que os tinham feito trabalhar tão duramente e os tinham tratado com tanta crueldade.
Agora, tendo Moisés como chefe, iam para o país que Deus havia prometido dar-lhes quando chamara Abraão para O seguir, centenas e centenas de anos antes.
Mas como iam eles encontrar o caminho para a Terra Prometida de Canaã? A toda a volta apenas se via o deserto. Não existiam estradas para seguir, nem quaisquer tabuletas que apontassem a direcção.
Deus disse a Moisés que eles não iam tomar o caminho mais curto para Canaã, porque havia guardas ao longo das fronteiras dos países que teriam de atravessar.
O Senhor não queria que o Seu povo fosse forçado a entrar em guerra tão pouco tempo depois de ter iniciado a uma rota mais longa e indicar-lhes-ia o caminho.
Deus ia à frente. Tinham sempre diante deles. Bem visível, uma coluna de nuvem, durante o dia, e uma coluna de fogo. De noite, e, deste modo. Sabiam que Deus estava com eles. Só tinham de deixar-se guiar, caminhando na direcção que a nuvem, ou o fogo, tomava. Se parava, mostrava-lhes que era altura de armarem as suas tendas, para permanecer naquele local por algum tempo. Mais tarde, a coluna de nuvem ou de fogo recomeçava a mover-se.
Fosse dia ou fosse noite, podiam prosseguir a caminhada, porque Deus, sempre presente, indicava-lhes o rumo.


O Maná do Deserto



Deus Chama Moisés


Êxodo 3-4
Passaram muitos anos e Moisés continuava a apascentar os rebanhos de Jetro, seu sogro.
Um dia encontrou-se no sopé do monte Sinai, onde as ovelhas e as cabras tasquinhavam a erva. Moisés olhou para cima e avistou um arbusto que parecia estar a arder. Ficou a olhar, ansioso, receando que o fogo se espalhasse através do deserto árido. Mas, embora as chamas brilhassem intensamente, a sarça não era consumida. Tomado de curiosidade, Moisés foi-se chegando, para ver o que se passava.
Então, ouviu uma voz que vinha mesmo do meio das labaredas. Moisés compreendeu logo que era a voz de Deus.
—        Descalça as tuas sandálias, Moisés — disse Deus —, pois o terreno que pisas é sagrado.
Moisés obedeceu e ficou ali quieto, à espera. O coração batia-lhe muito depressa e ele cobriu o rosto com o manto.
—        Eu sou o Deus de Abraão, Isaac e Jacob — disse Deus. — Escutei os lamentos e o choro do Meu povo, que é escravo no Egipto, e decidi libertá-lo. Tu, Moisés, vai conduzi-lo para fora do Egipto e para a terra que Eu prometi - dar à descendência de Abraão.
—        Ele não, Senhor — pediu Moisés, aflito. — Por favor, não me envies como chefe deles. Eu não sou ninguém. Não seria capaz de cumprir essa missão.
—        Mas Eu estarei contigo prometeu Deus. — Vou ajudar-te e serás bem sucedido. Trarás o Meu povo até aqui a este monte, para que Me adore neste lugar.
Mesmo assim, Moisés não queria voltar ao Egipto. Continuou a arranjar desculpas, mas Deus tinha resposta para todas elas. Deus disse a Moisés que o irmão dele, Aarão, podia acompanhá-lo e encarregar-se de falar por ele.
—        Leva contigo a vara que tens na mão — ordenou Deus. — Usá-la-ás para fazer coisas prodigiosas, que hão-de provar ao Meu povo e ao rei do Egipto que Eu sou o Deus verdadeiro, mais poderoso que o faraó e os deuses que ele adora.
Com relutância, Moisés obedeceu a Deus. Tomou a mulher e os dois filhos e, de vara na mão, partiu para a terra do Egipto.

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